fonte: SinMed/RJ

A administração do Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC) será transferida para a Fundação Saúde, nesta segunda-feira (13). O comunicado foi transmitido aos servidores da unidade na terça-feira (7), durante a reunião do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ) com a direção e os profissionais do HECC.
Mudanças repentinas nas escalas de trabalho, desvios de função e a falta de organização da atual gestão foram alguns dos temas abordados. O encontro aconteceu no auditório do hospital, e teve como objetivo buscar um consenso entre a direção e os médicos do local sobre os problemas existentes. Segundo depoimentos, a direção impõe aos profissionais um rodízio de escalas para os plantões aos sábados e domingos, o que vem interferindo diretamente na rotina da carga horária dos médicos. Além disso, as mudanças nas escalas de trabalho são comunicadas informalmente por aplicativos de celular.
O presidente do SinMed/RJ, Jorge Darze, compareceu à reunião e explicou que a legalidade trabalhista precisa ser garantida. “A legalidade vale para os dois lados, tanto para o gestor quanto para os servidores. Apesar disso, o que parece é que a legalidade se cumpre apenas quando há interesse. Quando não convém à chefia, simplesmente não se cumpre. Isso não existe. É da legalidade o plano de carreira. É da legalidade o pagamento em dia. Assim como é da legalidade o comunicado oficial para qualquer intervenção dentro do HECC”, garantiu.
Muitos médicos relataram os casos de desvio de função que estão enfrentando. Servidores com anos de atendimento ambulatorial estão sendo transferidos para a Emergência, onde, segundo eles, não há mais obrigatoriedade de terem experiência para exercer a função. A diretora do SinMed/RJ, Mônica de Azevedo, defendeu os colegas e deu sua opinião sobre o assunto. “Se um profissional está há anos na Enfermaria, é óbvio que ele não possui mais tino ou habilidade para a Emergência”, destacou.
Os médicos e a direção do HECC decidiram aguardar a apresentação da Fundação Saúde, na próxima semana, antes de tomar qualquer providência. O SinMed/RJ sugeriu que cada área clínica monte uma escala de plantão para apresentar à Fundação como sugestão para a carga horária oficial. Após isso, caso ainda se faça necessário, o sindicato agendará uma nova reunião no local.